O curso Anglo foi fundado em São Paulo pouco depois da Revolução de 1932, pelos professores Simão Faiguenboim, Abram Bloch e Emílio Gabriades.
Em 1975, a estrutura sediada em São Paulo iniciou sua expansão pelo Brasil afora. O primeiro passo dessa trajetória se deu em São José dos Campos, onde os professores Simão e Gabriades iniciaram o Anglo São José. Em 1978, o professor Fidefico Higuchi e seus sócios, os professores Anísio Spani, Saulo Daolio e Oscar Gonçalves Júnior, assumiram a administração pedagógica e financeira da unidade de São José dos Campos. Atualmente, apenas as unidades de São José e de Taubaté são mantidas pelo Colégio Cassiano Ricardo.
Em 1982, iniciou-se o Colégio Cassiano Ricardo de Ensino Médio e, cinco anos mais tarde, a unidade de Educação Infantil e Ensino Fundamental. Para atender melhor a demanda da região, o Colégio Cassiano Ricardo ainda montou as unidades de Taubaté (Pré-vestibular em 1988 e Ensino Médio em 1994) e de Jacareí (Pré-Vestibular e Ensino Médio em 1995) e, em 1999, inaugurou as novas instalações do Ensino Médio de São José dos Campos. A partir de 2008, o Colégio Cassiano Ricardo passou a ser administrado por três mantenedores: Anísio Spani, Saulo Daolio e Oscar Gonçalves Júnior.
A partir de 2010, a Unidade de Taubaté passa a ser administrada por Anisio Spani e seus filhos Andrea e Alexandre. A missão de ensinar continua e, graças à qualidade do sistema de ensino e ao conhecimento dos professores, sempre atentos às tendências educacionais da atualidade, o Colégio Cassiano Ricardo permanece na vanguarda, sempre buscando responder aos anseios e necessidades de uma sociedade de informação e em rápida transformação
Ante os múltiplos desafios que nos são impostos quotidianamente por um mundo em rápida transformação, evidencia-se o fato de que a educação é a resposta para a promoção do desenvolvimento harmonioso das pessoas na busca dos seus ideais. Pensa-se aqui, principalmente, nos adolescentes, ou seja, naqueles que num futuro próximo estarão em condições de fazer valer os Direitos do Homem e de transformar os benefícios do conhecimento e do desenvolvimento tecnológico em instrumentos de promoção social, uma vez que exigências de compreensão mútua, de ajuda pacífica e de harmonia são os valores de que a humanidade mais carece na atualidade.
Nesse contexto, a escola que queremos ter pretende fazer com que nossos jovens façam frutificar seus talentos e potencialidades criativas, o que implica, por parte de cada um, a capacidade de se responsabilizar pela realização do seu projeto pessoal, bem como desenvolver o conhecimento acerca dos outros, da sua história e tradições, como forma de aprender a “viver junto”. A realização dessa tarefa será a nossa contribuição para a construção de um mundo mais habitável, do ponto de vista ecológico e mais justo, do ponto de vista social.
Tudo isso nos leva a atribuir um novo valor à dimensão ética e cultural da educação, a dar a cada um os meios para compreender o outro, na sua especificidade e a compreender o mundo em sua marcha acelerada para o futuro.
Assim posto, a escola que queremos ter pretende levar cada um de seus alunos a tomar consciência de si próprio e do meio ambiente em que vive e, no futuro próximo, a desempenhar o seu papel social enquanto profissional e cidadão.
Se é verdade que cada um deve utilizar todas as suas possibilidades de aprender e de aperfeiçoar, também é verdade que para estar apto a fazê-lo, todo indivíduo deve estar na posse de uma educação básica de qualidade. Para tanto, a escola deve transmitir o gosto e o prazer de aprender, a capacidade de aprender a aprender e a curiosidade intelectual. Deve também tornar o indivíduo cada vez mais consciente de suas raízes, a fim de que ele possa dispor de referências que lhe permitam situar-se no mundo, respeitando outras culturas como um patrimônio comum ao conjunto da humanidade sem, contudo, perder sua identidade.
É, pois, um novo humanismo na educação que pretendemos ajudar a desenvolver, com um componente ético essencial, com um grande espaço dedicado à valorização da diversidade cultural da tolerância, da solidariedade, assim como o respeito às diferenças, sejam elas de que tipo for, para contrabalançar com uma globalização que valoriza apenas aspectos econômicos e tecnicistas.
Cassiano Ricardo (C. R. Leite), jornalista, poeta e ensaísta, nasceu em São José dos Campos, SP, em 26 de julho de 1895, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 14 de janeiro de 1974. Eleito em 9 de setembro de 1937 para a Cadeira nº 31 da Academia Brasileira de Letras, na sucessão de Paulo Setúbal, foi recebido em 28 de dezembro de 1937 pelo acadêmico Guilherme de Almeida.
Era filho de Francisco Leite Machado e Minervina Ricardo Leite. Fez os primeiros estudos na cidade natal. Aos 16 anos publicava o seu primeiro livro de poesias, Dentro da noite. Iniciou o curso de Direito em São Paulo, concluindo-o no Rio, em 1917. De volta a São Paulo, foi um dos líderes do movimento de reforma literária iniciada na Semana de Arte Moderna de 1922, participando ativamente dos grupos “Verde Amarelo” e “Anta”, ao lado de Plínio Salgado, Menotti Del Picchia, Raul Bopp, Cândido Mota Filho e outros. Formaram a fase que Tristão de Athayde classifica de nacionalista.
No jornalismo, Cassiano Ricardo trabalhou no Correio Paulistano (de 1923 a 1930), como redator, e dirigiu A Manhã, do Rio de Janeiro (de 1940 a 1944). Em 1924, fundou a Novíssima, revista literária dedicada à causa dos modernistas e ao intercâmbio cultural pan-americano. Também foi o criador das revistas Planalto (1930) e Invenção (1962).
Em 1937 fundou, com Menotti Del Picchia e Mota Filho, a “Bandeira”, movimento político que se contrapunha ao Integralismo. Dirigiu, àquele tempo, o jornal O Anhangüera, que defendia a ideologia da Bandeira, condensada na fórmula: “Por uma democracia social brasileira, contra as ideologias dissolventes e exóticas”Poeta de caráter lírico-sentimental em seu primeiro livro, ligado ao Parnasianismo/Simbolismo, em A flauta de Pã (1917) adota a posição nacionalista do movimento de 1922, revelando-se um modernista ortodoxo até o início da década de 40. As obras Vamos caçar papagaios (1926), Borrões de verde e amarelo (1927) e Martim Cererê (1928) estão entre as mais representativas do Modernismo. Com O sangue das horas (1943), inicia uma nova e surpreendente fase, passando do imagismo cromático ao lirismo introspectivo-filosófico, que se acentua em Um dia depois do outro (1947), obra que a crítica em geral considera o marco divisório da sua carreira literária.
Acompanhou de perto as experiências do Concretismo e do Praxismo, movimentos da poesia de vanguarda nas décadas de 50 e 60. A sua obra Jeremias sem-chorar, de 1964, é bem representativa desta posição de um poeta experimental que veio de bem longe em sua vivência estética e, nesse livro, está em pleno domínio das técnicas gráfico-visuais vanguardistas.
Se a sua obra poética é tida como uma das mais sérias e importantes da literatura brasileira contemporânea, a sua obra de prosador é também relevante. Historiador e ensaísta, Cassiano Ricardo publicou em 1940 um livro de grande repercussão, Marcha para Oeste, em que estuda o movimento das entradas e bandeiras.
Cassiano Ricardo pertenceu ao Conselho Federal de Cultura e à Academia Paulista de Letras. Na Academia Brasileira de Letras teve atuação viva e constante. Relator da Comissão de Poesia, em 1937 redigiu seu parecer concedendo a láurea ao livro Viagem, de Cecília Meireles. Para a vitória do seu ponto de vista, manteve destemido confronto. Saiu vitorioso, e Viagem foi o primeiro livro da corrente moderna consagrado na Academia. Ao lado de Manuel Bandeira, Alceu Amoroso Lima e Múcio Leão, Cassiano Ricardo levou adiante o processo de renovação da Instituição, para garantir o ingresso dos verdadeiros valores.
"Promover, por meio da educação, a formação de cidadãos ético, com grande capacidade intelectual e emocional, autônomos,empreendedores e solidários."
"Ser uma instituição reconhecida como centro de referência na área educacional e que aprova os seus alunos nas melhores universidades nacionais e internacionais."